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Gravura: Conheça a história e suas aplicações

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A gravura em metal é uma técnica que começou a ser utilizada na Europa no século XV.

Shutterstock

Nela, a matriz é entintada e utiliza-se uma prensa para transferir a imagem desejada para o papel, por meio de incisão direta ou pelo uso de banhos de ácido, contudo o uso de água-forte, água-tinta e ponta seca são as técnicas mais usuais.

As matrizes geralmente eram provenientes de placas de cobre, zinco ou latão e, por esse motivo, esse processo também pode ser chamado de gravação em placa de cobre. Quer saber mais sobre a história dessa arte e conhecer algumas de suas aplicações? Continue lendo esse artigo.

Mas afinal, o que são gravuras?

Trata-se de imagens que atuam representando pinturas, desenhos ou relevos que geralmente são transferidos do metal para o papel ou tecido. A base dessa arte pode variar e classifica-se a gravura de acordo com o material do qual é proveniente. Outro termo para o processo é a gravação em linha, que deriva do fato de que essa técnica reproduz apenas marcas lineares.

De acordo com o artigo do blog Gravuras, existem dois tipos comuns de gravura: as feitas em superfícies e as realizadas em relevos. Quando feitas em superfície: o sulco receberá a tinta que aparecerá no trabalho final. Já nos relevos a superfície não horizontal é que recebe a tinta e o sulco aparece em negativo, ou seja sem tinta.

Técnicas 

A xilogravura é a técnica mais antiga para produzir gravuras, e seus princípios são muito simples. O artista retira de uma matriz, geralmente em madeira, as partes que ele não quer que tenha cor na gravura. Logo após ele aplica a tinta na superfície, colocando um papel sobre a mesma. Ao aplicar pressão sobre essa folha, geralmente com uma prensa, a imagem é transferida para o papel.

A história da gravura pelo mundo

Para entrar nessa senda, recorremos ao artigo elaborado pela equipe de redação do blog Britannica, e resumimos as ideias nele apresentadas para você. Confira:

  • Na Alemanha: teve origem independente em meados do século XV. Foi desenvolvida pela primeira vez por ourives alemães, conhecidos apenas por suas iniciais ou pseudônimos, sendo o mais proeminente o Mestre E.S. e o mestre das cartas de baralho. Martin Schongauer, o primeiro gravador conhecido por ter sido não apenas um ourives, mas também um pintor. Sua “Tentação de Santo Antônio” é inédita em seu uso sofisticado do meio para alcançar um senso de forma e textura da superfície.

Em 1796, outro alemão, Alois Senefelder, descobriu as possibilidades da pedra calcária para fazer impressões e, após dois anos de experimentações desenvolveu a técnica da litografia. Esta técnica parte do princípio químico que água e gordura se repelem. As imagens são desenhadas com material gorduroso sobre pedra calcária e com a aplicação de ácido sobre a mesma, a imagem é gravada. Assim como a gravura em metal, essa técnica também necessita de uma prensa para transferir para o papel a imagem gravada na pedra.

  • Na China: Embora existam registros de trabalhos utilizando stencil na China, no século VIII, a serigrafia começa a ser aplicada mais freqüentemente por artistas na segunda metade do século XX. Como as técnicas descritas acima, a serigrafia também apresenta diversas técnicas de gravação de imagem. Uma delas é a gravação por processo fotográfico. Imagens são gravadas na tela de poliéster e com a utilização de um rodo com a tinta é transferida para o papel;
  • Na Itália: A gravura surgiu tanto da obra de ourives quanto do trabalho de niello, um tipo de trabalho de metal decorativo. Um de seus primeiros praticantes foi o ourives florentino e o nielo Maso Finiguerra (1426-64). Grandes pintores italianos adotaram gravura muito mais entusiasticamente do que seus colegas alemães. Antes do século XV ter passado, importantes gravuras foram feitas por dois grandes pintores italianos: Andrea Mantegna e Antonio Pollaiuolo. Embora sua rápida associação com a pintura na Itália tenha resultado em estampas prodigiosas como a “Batalha dos Nus” de Pollaiuolo, isso também impediu o desenvolvimento independente da gravura, que logo foi usada principalmente para reproduzir pinturas. Por volta do século XVI, o papel reprodutivo da gravura havia se tornado tão firmemente estabelecido que o maior mestre da técnica de gravura da Itália, Marcantonio Raimondi, que ficou conhecido principalmente por suas cópias das pinturas de Rafael;
  • Nos países baixos: Durante o resto do século XVI, gravadores como Hendrick Goltzius (1558-1617) continuaram a desenvolver técnicas cada vez mais brilhantes. Simultaneamente, no entanto, a gravura tornou-se cada vez mais restrita à reprodução de pinturas. Essa tendência, que continuou durante todo o século XVII, foi facilitada pela popularização de técnicas capazes de produzir gradações de tom, como veremos a seguir

A evolução das técnicas

O pontilhado do prato com jabs curtos do buril, comum a partir do final do século XV, evoluiu no final do século XVII e XVIII para as técnicas da gravura pontilhada e da forma do giz de cera (também chamada de giz-grafite ou gravura). Estas técnicas marcavam a placa com inúmeros pontos e cortes feitos com um buril ou ferramentas especiais chamadas roqueiros e roletes.

Com o mezzotint, uma técnica relacionada inventada no século XVII por Ludwig von Siegen, eles substituíram quase completamente a linha de gravura no século XVIII, que foi revivido até certo ponto no século XX pelo artista francês Jacques Villon e pelos artistas ingleses Eric Gill e Stanley William Hayter. Este último demonstrou que a gravação em linha é um meio adequado para arte moderna, incluindo nisto a abstração. Os impressores americanos Mauricio Lasansky e Gabor Peterdi também produziram gravuras.